Hoje é dia do escritor! Parabéns à todos aqueles que passam horas escrevendo, ou não, mas levam isso a sério ou como um hobby. E para a alegria de hoje, aí vai um haicai escrito por mim:
'Fitando os diários
O escritor no seu universo,
Dia dele, só versos.'
quarta-feira, 25 de julho de 2012
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Laços primários
Não me implore para repetir semblantes,
Por quantas vezes eu conseguirei fazê-lo?
Caminhando por essas estradas brilhantes,
Vejo que todos os anos um pouco envelheço.
O motivo não é a importância que eu dou,
Os momentos sim, que quero poder viver.
Sempre lutando para seguir no que sou,
Mesmo com tantas pedras duras a suster.
E no raiar do dia no meu aniversário,
O relógio desperta e mostra, hoje é a data
E sei que nunca mais serei tão solitário.
E aos meus amigos, bons e fortes acrobatas,
Que ajudam-me a mover as pedras da jornada,
Meu eterno carinho, e meu muito obrigada.
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Hoje, dia 12 de julho de 2012, faço 16 aninhos. Parabéns para mim!! Este soneto é o meu presente de aniversário para todos vocês. Espero que gostem!
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Imensidão crepuscular
Eu estava deitada na prancha de surf, sobre o mar calmo, as
mãos submersas na água gélida. Ele parou a prancha dele ao meu lado, estava com
o corpo mergulhado, e os largos braços cruzados e apoiados, os olhos me
fitando.
-
Alguém já te disse que você tem olhos lindos?
- Não. –
Respondi enquanto buscava alguém na memória que alguma vez tivesse elogiado
meus olhos castanhos.
- Seus
olhos são tão bonitos, penetrantes. Não são da cor escura do pinheiro ou do
carvalho, são mais simples, mais tocantes. Também não se comparam ao mel ainda
na colmeia, claro e doce. Seus olhos são como o pôr do sol, magnífico e
calmante. É o marrom da mistura de cores do crepúsculo, o azul misturado com o
vermelho, as ondas de amarelo, o castanho no final das nuvens. Sim, eles são
como a noite que me magnetiza, eles me fazem pensar sobre os anseios da vida, passam
calor, passam escuridão. Refletidos na água do mar, a mesma onde o sol se pôs,
eles me chamam para um mergulho. Nunca diria não, na verdade eu não diria nada.
Apenas mergulharia nesta sua imensidão tão complexa e encantadora.
Aqueles
segundos que fiquei parada, encarando aqueles olhos azuis celestiais me fizeram
perceber a quão apaixonada eu estava. Não hesitei, mergulhei e sumi alguns
instantes, retornando com o rosto molhado e a boca pronta para um beijo de
poesia.
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