2 de agosto de 2010, Rio de Janeiro.
Espero aprender com os meus erros, pois há muito tempo deixei de acertar. Há muito tempo deixei de compor e tocar o violão, pois tudo me lembra você. Levantarei a mão quando for necessário separar os culpados dos inocentes, e novamente estarei do outro lado, sem você.
Quando aquele avião partiu, seu coração estava repartido, e sou eu a dona do martelo. Tenho culpa de ser ciumenta, possessiva, desconfiada e sarcástica; mas você não me deu tento para mostrar o meu lado humano. É uma surpresa eu estar comentando sobre isso, mas eu não sou de palavras, minhas músicas falam por mim, e mais que eu queira falar o que eu sinto, não consigo.
Tentei fazer uma música para você, mas a minha mão estava anestesiada pelas lágrimas que desciam pelo meu rosto ao lembrar da sua face sorrindo para mim. Aquele sorriso encantador, o qual eu nunca elogiei, mas agora realizo o ato. Muitas coisas eu não falei e gostaria de mencionar aqui: seu cabelo é o mais lindo que eu já vi, sua voz dava-me cala-frios e o seu abraço não poderia ser mais quente e aconchegante. Você me tratava como uma princesa, enquanto eu não demonstrava carinho algum por você.
Eu não demonstrava, mas sentia, bem no fundo que tudo aquilo era amor. Passei algumas semanas olhando para o violão na parede, aquele que você me deu com a dedicatória mais linda do mundo: “não olhe ainda, mas eu estou sorrindo por trás de você só por saber que sempre tocará pensando em mim”. Você estava certo, eu não paro de pensar em você.
Resolvi tocá-lo, algumas simples notas formando acordes suaves; e então eu compus alguns singelos versos sobre você. Tenho medo de colocá-los aqui, eles são tão profundos, não parecem que foram escritos por mim.
Sabe Tom, você me faz uma pessoa melhor, uma que tem sentimentos a serem compartilhados e sente saudades. Eu sinto tanto a sua falta, por favor, volta. Eu prometo ser uma pessoa melhor, prometo concertar os meus erros, e o principal deles é me desculpar com você. Desculpe-me pelos ataques de ciúmes, pela falta de carinho e pelos beijos gélidos que você recebeu.
Eu não sou perfeita Tom, mas eu estava ultrapassando a imperfeição natural, eu já estava impura. Então eu termino esta carta implorando pelo seu perdão, e dizendo que ainda te amo, mais do que nunca.
"Você não tem culpa
De eu ser assim
Então eu me desculpo
Pelos tempos ruins
Peço demais
Quando preciso do seu perdão
Volte atrás
Pegue aquele avião
Dentro dos seus olhos
Eu preciso ver
A verdade que falta
Para eu crer
Que eu sinto
Que não é mais um sonho
O qual estou dormindo
Mas sim amando
E nessas linhas tortas
Nas quais eu escrevo
Tenho que dizer
Perdoe o medo
Mas eu mudei
Consertei os meus erros
E agora eu posso te falar
Que eu te amo mais do que só palavras".
Fernanda Pessanha.
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4 opiniões:
texto liindo! *-*
;*
Nossa maravilhoso! Seus versos são muito belos!
Abraços do menino em fragmentos.
selinho e meme pra vc no meu blog =D
muito lindo. Adorei seu blog.
Quer fazer parceria, Fernanda? *-*
beijo
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