Queridos pais,
Esta é uma carta de despedida e explicação. Culpem-me por tudo, eu sou o único responsável pelos meus atos. Eu cometi um grande erro ontem à noite, precipitei-me e peço perdão, mas sei que isso é em vão. Estou escrevendo esta carta e vejo as escadas vermelhas, não acredito na atrocidade que eu cometi.
Eu matei Isabella ontem à noite, aconteceu tão rápido que eu não tenho palavras suficientes para descrever o assassinato. Eu estava em meu caixão aberto -não sei a razão que o deixei aberto- e então ela veio me beijar, foi tão inesperado. Eu senti o calor percorrendo as minhas veias, senti o amor que ela passava para mim com aquele simples tocar de lábios. Puxei-a para o caixão e a beijei com mais intensidade, e quando pude perceber, estava com os meus dentes cravados em seu pescoço.
Ela foi me dar um beijo de boa noite e eu a adormeci para sempre, quando percebi o que havia feito, o caixão virou e o sangue se espalhou pelo quarto, descendo as escadas para as quais olho agora. Ela está lá em cima, deitada no chão, sua palidez contrasta com o vermelho profundo de seu sangue, que jurei nunca beber. Ainda me lembro do dia em que casamos, nossa primeira noite juntos e o esforço que e fiz para não matá-la. Venho me controlando desde muito tempo, e agora, por um simples beijo inesperado, ela jaz no meu quarto, para sempre.
Esta é uma carta de adeus. Mãe e pai, eu amo vocês mais do que tudo, e agora me despeço deste mundo cruel. É quase meio-dia, e o sol a esta hora é ótimo. Morrerei em paz e ficarei com a minha amada, seja aonde for.
Que vocês vivam eternamente,
Diego Dantes.
Pauta para Bloínques, 20ª edição. Tema: Assassinato.
2 opiniões:
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