Gargalhei até lágrimas escorrem pelas minhas bochechas,
Pensei ser só uma brincadeira
E não dei muita importância.
Com o passar dos anos
Descobri que eu era louca,
Que a tênue linha que eu guardava com tanta segurança
Foi cortada com uma adaga vermelha.
Suja do sangue de quem um dia eu matei
E larguei ao relento,
Não pense que foi uma morte rápida,
Fiz questão que fosse dolorida, sofrida e inquietante.
E pelo barulho da noite
Não consigo mais dormir,
Estou sufocada com tantas mentiras,
E a adaga está cravada no meu peito.
E quando penso que não há dor maior do que ser insana
A adaga se desfaz,
Ele, com todo o seu ar
Retira-a de mim.
E a quem feri e com seu sangue manchei a adaga,
Agora vem a mim com todos os sentimentos reconstruídos,
Os mesmos que matei há alguns anos,
Tornando-me louca.
Não me arrependo de nada,
Dos dias que passei manchada,
Mas acredito que a minha loucura,
Seja a mais rara.
Pauta para Bloínquês, 23º edição poesia. Tema: loucura.
3 opiniões:
"Seja a mais rara."
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"E a quem feri e com seu sangue manchei a adaga,
Agora vem a mim com todos os sentimentos reconstruídos,
Os mesmos que matei há alguns anos,
Tornando-me louca."
Suas palavras me tocam e me doem.
Se puder retribuir a visita.
Beijinho.
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