sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Dedos de água



                E como água ela escorre, desliza, esfria. Ela descia pelo braço dele, contornava as pintas, parava na dobra do cotovelo. Como água, como chuva, como o frio. Ela contornava o braço, o cabelo, os olhos. Era tudo tão quente, e ela tão gelada. Tinha dedos de água, mas um coração quente, ele sabia. Ele sentia. Sentia aqueles dedos escorrendo no braço, no pescoço, no rosto. E era como a chuva que caía, e ele adorava chuvas. Ele ainda gosta, das fortes e geladas. E como chuva eles amam cair, não em si mesmos, mas entre si.

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