quarta-feira, 19 de setembro de 2012

E se tudo fosse claridade?


E se tudo fosse chuva?
Eu deixaria de sentir?
As águas levariam
O que você levou de mim?

Levou sem perceber
Jogou ao longe, no mar,
E os seus olhos me fazem perecer
À escuridão que vem me matar.

E se tudo fosse cachoeira?
Eu deixaria me levar?
Pela correnteza
Para as pedras, Deus dará?

Dará conforto a mim?
Far-me-á inocente?
Ela nunca será passado,
E eu nunca serei presente.

E se tudo fosse céu?
Eu poderia voar para longe?
Esquecer que eu existo
Esquecer do meu nome?

Talvez desistir seja um começo
Eu não aguento mais isso,
Talvez seja um adeus
Ou talvez, o precipício.

1 opiniões:

Srt . Vasconcelos disse...

Bélissimo seu poema! adoraria se tudo "fosse céu". Ou se tudo fosse "claro". Infelizmente não é bem assim que acontece né? Pelo menos temos a certeza que depois da chuva vem o arco iris.


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