Meu primeiro livro foi um livro de banheira, aquele de plástico com enchimento de ar para boiar na água, era colorido e descrevia em máximas duas linhas a figura, sempre tendo em mente da criança, que seria eu, usar a criatividade e continuar a descrição.
Logo que entrei na escola, no jardim, já desenhava bastante, meu pai dizia que era porquê ele desenhava bem e eu herdara isso dele; no final das contas minha mãe até encadernou os meus desenhos dizendo que meus filhos iriam adorar ver como eu desenhava bem, que para mim naquela época, eram garranchos. Mas com o passar do tempo eu fui vendo que os desenhos faziam parte da escrita, pois minha tia Rosa sempre contava várias histórias nos velhos livros da sua estante.
Eu podia dizer que fiquei meio traumatizada quando no C.A. não ganhei a estrelinha dourada, que era muito importante para mim, mas acabei ganhando algo melhor que a estrelinha, pois ela que fez querer acertar mais.
Depois de cobrir pontinhos, acertar as letras, ouvir histórias de toda a família, e olha que a minha família tem mais de 70 pessoas, eu finalmente comecei a escrever, odiava a minha letra mas fazia tudo à mão, costume. Fiz um caderno de poesias, escrevi vários textos para a escola e até fiz um blog.
Nada se compara a sensação de ler um livro, e eu nunca fui de degustá-los, pergunte aos meus amigos e saberá que livros comigo duram menos que uma semana, talvez até um dia. O importante é que mesmo eu tendo sido criada em uma família de professores, alfabetizadores e publicitários eu ainda erro, e erro muito, até na escrita.
Não podemos aprender tudo em um dia, demorei mais de 7 anos para ajeitar a minha letra, que ainda não é uma das melhores; minhas ideias fluem melhor quando estou debaixo d'água, deitada ou dormindo, pode acreditar; e na escola eu sou inteligente, o problema é quando eu me empolgo demais e acabo escrevendo com esta minha letra um texto enorme como esse, ocupando 3 folhas frente e verso do caderno; espero que ele dure até o final do ano.
Texto para o caderno de redação no Colégio Santo Antônio.
P.S: A parte "ocupando 3 folhas frente e verso do caderno; espero que ele dure até o final do ano" se refere ao meu caderno de redação, onde foi escrito este texto.
6 opiniões:
aaa, eu tbm sempre gostei de desenhar sabee, mas meus desenhos foram tudo pro beleléu. kakakaka
Você é igual a mim, todas as redações textos, tudo que tinha que escrever na escola..
Eu escrevi mais de 2 folhas.
kakaa eu tive que tratar disso,.
poiis no vestibular são 35 linhas. Hoje já estou conseguindo me conter mais.
Nossa! voç escreve muito mesmo hein! adorei!
Ao mesmo tempo que fico radiante por saber que você pe uma leitora voraz, seu relato expõe uma grave deficiência do país... Mostra-se notório que, somente quem tem uma família instruida, acaba desenvolvendo pessoas instruídas... não é a toa que o país ainda tem uma parcela gigantesca de analfabetos funcionais...entende o ciclo? É medonho só de pensar...
Ta certo que cada um tem que buscar sua fonte de conhecimento, mas convenhamos... numa familia onde a criança não vê o pai sequer abrindo um jornal, que há de se esperar para um futuro? : (
Às vezes sem que agente perceba essa coisa de livors, escritas e desenhos fez parte de nossas vidas desde o começo.
Eu lembro muito dos seus desenhos! *-*
ai e tão bom escrever, e uma arte, um sonho que se realiza a cada palavra escrita!
lindo o post
e obrigado por passar no meu blog, eu continuei a história la se quiser ver, fico agradecida!
bejos
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